quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Países realizam ações no marco do Grito dos/as Excluídos/as Continental e Minga Global pela Mãe Terra

Grito dos Excluídos


Outubro já começou e, com ele, as jornadas de mobilizações na América Latina e no Caribe. Duas acontecerão amanhã (12) em vários países da região: o Grito dos/as Excluídos/as Continental e a IV Minga Global pela Mãe Terra. Convocadas por organizações e movimentos sociais da região, as duas manifestações têm o objetivo de denunciar as formas de exclusão social e destruição da natureza provocadas pelo modelo capitalista vigente.

Nascido no Brasil em 1995 como forma de aproveitar o Dia da Pátria - celebrado no dia 7 de setembro - para chamar a população a denunciar as exclusões e lutar por uma verdadeira independência; o Grito dos/as Excluídos/as rompeu as fronteiras do Brasil a partir de 1999, quando passou a ser realizado em mais de 15 países da América Latina e do Caribe. Diferente do Brasil, a dia escolhido para a mobilização continental é o 12 de outubro, data que marca a "chegada” de Cristóvão Colombo às Américas, em 1492, e as lutas indígenas em defesa dos direitos da natureza.

Neste ano, já foram confirmados Gritos em países como Uruguai, Peru, México, Chile, Costa Rica, Honduras, Guatemala e Panamá. No Uruguai, por exemplo, as ações já começaram ontem (10) e vão até esta terça-feira com a jornada sobre "Um Mundo sem Fronteiras”. Em Honduras, planejam uma mobilização contra as transnacionais e as represas. Chile e Peru programam atividades para o final do mês e início de novembro.

Na Guatemala, povos indígenas realizarão, amanhã, uma Marcha dentro do Parque Tikal (localizado no departamento de Petén) seguida de uma cerimônia Maya. Na Cidade da Guatemala, organizações sociais seguirão mobilizadas em frente ao Congresso Nacional exigindo a aprovação da Lei Geral de Moradia no país.

Um marcha no final da tarde desta quarta-feira movimentará as ruas mexicanas. A caminhada partirá do Hemiciclo a Juárez rumo ao Zócalo, na Cidade do México. O objetivo é exigir o fim das falsas soluções de combate à mudança climática - como o programa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+), o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e as compensações de emissões – e demandar a aprovação de soluções eficazes diante da mudança climática na próxima Conferência das Partes das Nações Unidas para o Clima (COP 17), que ocorrerá em dezembro deste ano em Durban, África do Sul.

Além das ações do Grito, organizações e movimentos sociais também aproveitarão o dia 12 de outubro para realizar a IV Minga Global pela Mãe Terra, a qual chama os povos a defender os direitos da natureza e a lutar contra as grandes obras desenvolvimentistas que afetam o meio ambiente e as comunidades indígenas.

Em Chiapas, no México, organizações indígenas promovem hoje um Encontro dos povos que resistem e lutam pela defesa da terra e do território. Amanhã, realizarão um ato na Praça da Resistência. As mobilizações também ocorrem em Puyo, no Equador, onde crianças e adolescentes plantam, hoje e amanhã, árvores nativas da Amazônia no Parque Botânico Los Yapas.

Nos próximos dias a população panamenha também participará de atividades do Grito dos/as Excluídos/as e da IV Minga Global. Na província de Veraguas, por exemplo, as pontes da cidade de Santiago e do Rio Cobre serão palco de manifestações e plantões. O mesmo ocorrerá na ponte sobre o Rio Piedra, na província de Chiriquí. Encontros, conversas e debates também estão na programação das atividades em Cidade do Panamá, Bocas del Toro e Comarca de Kuna Yala.

No sábado (15), indígenas da Costa Rica realizarão uma caminhada desde o Território Indígena Térraba até o Território Indígena Rey Curré contra o projeto hidrelétrico Diquís.

Fonte: ADITAL

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